domingo, 4 de setembro de 2016

must-see





























.











































































































































.









































































































.






































































































































































































 















 












Amsterdã
 surpreende, e no quesito Museus, além dos badalados 
Museu Van Gogh e Stedelijk Museu, não se deve perder ,
o Rijksmuseum, o Museu Nacional da Holanda, considerado em 
em 2015 o melhor da Europa
Fundado em 1800, na cidade de Haia, mudou-se para Amsterdã 
em 1808, e foi finalmente estabelecido em 1885  para o belo edificio, 
desenhado pelo arquiteto neerlandês Pierre Cuypers, que
combinou elementos góticos e renascentistas na sua construção. 
O Rijks foi totalmente renovado e para isso ficou fechado por 
10 anos e foram gastos 375 milhões de euros. Segundo o seu diretor,
o museu precisava de um " facelift " à medida do século XXI, uma 
transformação radical. Reinaugurado em 2014o surpreendente 
conjunto de pinturas, esculturas de grande qualidade, jóias, têxteis e
instrumentos de navegação, miniaturas de navios, porcelanas, 
mobiliários, conchas do mar e outras riquezas do período
mercantilista e colonial holandeses, ganharam ainda mais 
destaque nos novos espaços criados pelo arquiteto espanhol  
Antônio Ortiz e o francês Jean Michel Wilmotte  que assinou o 
design expositivo. Eles tiveram a ideia de destacar os velhos mestres 
da pintura antiga relevantes hoje, porque “ toda grande arte é  
contemporânea”.
De um acervo com 1 milhão de objetos, foram selecionados 8000, que 
contam 800 anos de história dos Países Baixos apresentada de forma
cronológica e distribuída por 80 galerias e um Pavilhão Aziático. 
Foi escolhido uma paleta de cinzentos para as paredes das galerias 
com intuito de realçar as cores dos quadros e objetos, e que deu muito 
certo, somados a uma iluminação primorosa. Destaca-se o acervo 
incomparável de artistas clássicos, Rembrandt  puxando a fila, 
seguidos por Vermeer, Frans Hals ,Jan Steen Van Gogh entre  
outros maravilhosos alunos de Rembrandt
Das inovaçoes geradas com a reforma, uma delas foi a plataforma 
digital: Rijksstudio, que pela primeira vez franqueou os direitos autorias 
das obras para serem usadas por qualquer um e de qualquer modo 
alternativo .
Recentemente, li, que o Rijks está fazendo um trabalho rigoroso de 
atualização da linguagem das obras com o intuito de  tornar o museu 
mais inclusivo e abandonar, de vez, o discurso absolutamente 
eurocêntrico, que reflete o mundo feito de colonizadores e colonizados,
e segundo eles já não existe. Será ?
Há quem conteste, alegando que anular palavras que remetam 
a etnias como “preto”, ”negro”, ”esquimó”, ”mouro”, ”anão” ou
”selvagem” além de ser uma tarefa ”gigantesca”,  é branquear  a
história, que tantas vezes foi marcada pela violência e preconceito.
“ Não queremos ser um museu só para brancos, onde outras etnias 
não se revejam, onde alguém sinta que tem de escrever um manifesto 
contra o racismo por causa de uma legenda. ”
Boris De Munnick, Rijksmuseum  
" Podemos fazer alterações, claro, mas não podemos deixar que uma 
revisão de acordo com critérios modernos venha a pôr em causa o fato 
de os museus serem um paradigma da memória das coisas." 
José Alberto Seabra Carvalho  
" Será sempre uma história parcial, que deixa de fora muita gente.Será 
sempre uma história com menos diferenças, e, por isso, muito mais 
desinteressante." Mary Woollstonecraft, escritora e feminista inglesa 
A ideia é a " democratização dos olhares ",  interessante e polêmica.
O Museu é realmente um must-see


Quem tiver interesse em mais estórias relacionadas ao Rijks, indico 
a excelente crônica de autoria da Cora Ronáisobre a interessante 
casa de bonecas ( com imagens no post e filme ),  adquirida pelo 
Rijksmuseum, no link abaixo:
http://oglobo.globo.com/cultura/miniaturas-suspense-contradicoes
-18512405





Nenhum comentário: