sábado, 29 de dezembro de 2012

profano


 




























































Há tempos andava curiosa para ver de perto as obras do grande
mestre e pintor italiano, Caravaggio. No final de Novembro, pude
vê-las em Buenos Aires. 
Sua vida reúne todas as emoções das grandes tragédias.
Dotado de uma personalidade enigmática, rebelde, profana e
violenta, Caravaggio era bissexual, boêmio, devoto, contraiu 
malária e participou de batalhas sangrentas.
Teve uma curta e intensa vida, morreu aos 38 anos, e esteve quase 
sempre entre cruz e a espada.
Em sua marcante obra tudo ganha corpo e as emoções são tão 
reais e retratadas de forma crua, ele não embelezava suas figuras.
Aspectos de sua pintura revelam ressecamento, envelhecimento,
decomposições , nada é poupado nas suas cenas diretas e violentas.
Os tecidos, as peles revelam uma intenção erótica. A vida terrena, 
corpórea e carnal. 
Ele estava longe de agradar os conceitos de perfeição de sua época.
Sua obra era considerada vulgar e pesada. Ao contrário dos tradicionais 
rafaelitas, se ocupava de dores e prazeres terrenos e não de uma
idealização celestial. Nos seus últimos anos de vida, viveu como um 
fugitivo. Considerado um precursor do Barroco, transformou o gosto 
o modo de traduzir visualmente a religiosidade católica entre o
século XVI e XVII. 
Ele veio a se tornar um dos artistas de maior prestígio junto ao clero
e a corte dos Estados do Papa.

Vejam que impressionante estava Buenos Aires, toda pincelada de  
tons lilases dos Jacarandás Mimosos que se abriam exuberantes
por toda cidade.




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